Capa do post do amigo secreto literário de 2020.

Amigo Secreto Literário [2020]

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Chegamos a mais um final de ano, at last. Durante os 25 meses de 2020 (sic), muita coisa aconteceu no mundo. Entre uma série de eventos trágicos, tivemos que encontrar novas formas de conexão com as pessoas, as coisas e o próprio trabalho. 

Das tradições que começam nessa época, o amigo secreto é uma das mais populares, reunindo expectativas e polêmicas. Deixar a escolha do presente totalmente solta é um risco que pode transformar completamente o momento da revelação.

Nesse contexto, e neste ano, a equipe do site resolveu simplificar a brincadeira, indo por um caminho seguro e livroe de frustrações. O Amigo Secreto Literário de 2020 foi realizado com o apoio de ferramentas digitais para sorteio, além de contar com planilhas de organização para listas de desejos e o site da Amazon para as entregas.

A seguir, você confere as indicações dos livros que figuraram entre os presentes trocados pelos redatores. Boa leitura!

Mas você vai sozinha?, de Gaía Passarelli

(presente dado pelo victor)

quando eu descobri que havia tirado a carla no amigo secreto, fiquei desesperado por alguns minutos. caso vocês não conheçam, vou descrevê-la brevemente: ela é uma mulher incrível, capaz, que escreve brilhantemente, e uma profissional honrável.

dar um presente para alguém tão grande é assustador. foi então que meus amigos do conteúdo tiveram uma ótima ideia: cada um faria sua lista de livros, com as obras que gostaria de ganhar. e pensei “ótimo! ficou fácil”.

mas não ficou. porque a lista da carlinha era cheia de livros tão incríveis quanto ela. visitei-a inúmeras vezes durante as semanas que antecederam minha compra e foi só na data final da aquisição que me decidi. seria Mas você vai sozinha?, um título escrito pela brasileira Gaía Passarelli. 

as razões se tornaram evidentes quando compreendi que, acima de tudo, esta é uma obra sobre liberdade, sobre ir e vir – às vezes, com medo –, porém sem amarras. é um livro sobre uma mulher que viaja sozinha porque tem vontade e me pareceu à altura de alguém como a carla.

mais tarde, descobri que ela já tinha viajado sozinha e sorri. senti que acertei na escolha. espero que a obra dê ainda mais coragem à carla. e, se você acha que precisa de uma dose de bravura, vale a pena a leitura!

Capa do livro Mas Você Vai Sozinha?
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: Mas você vai sozinha?
Autora: Gaía Passarelli
Editora: Globo Livros
Páginas: 176
Classificação no Skoob: 3,6/5
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Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie

(presente dado pela Carla)

Da lista de desejos do meu amigo secreto literário, Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie, foi o escolhido para presenteá-lo. Uma história impecável que explora a desigualdade racial sob o ponto de vista de Ifemelu, uma jovem nigeriana que deixa seu país de origem para estudar nos Estados Unidos. 

A narrativa se desenvolve abordando as diferenças entre as culturas norte-americana e nigeriana, o contexto de dificuldades para o imigrante em um país que não é o seu e a transformação prestes a ser vivida nos Estados Unidos com a eleição do primeiro presidente negro, Barack Obama. 

Americanah também é uma história de amor entre Ifemelu e Obinze, com idas e vindas, desencontros e recomeços. É um romance sobre diferenças culturais, racismo, poder, feminismo, identidade e amor.

Capa do livro Americanah.
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: Americanah
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 520
Nota no Skoob: 4,5/5
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Asa Quebrada, de Antonio Altarriba e Kim

(presente dado pelo André Martins)

A lista de presentes da minha amiga secreta estava repleta de diversidades, entre romances e quadrinhos (graphic novels). Escolhi Asa Quebrada, do escritor espanhol Antonio Altarriba com o apoio do ilustrador (também espanhol) Kim.

Após ter lançado A arte de voar, um quadrinho em que relata a história de seu pai, Altarriba retorna com Asa Quebrada para narrar a vida de sua mãe (Petra), marcada por dificuldades desde seu nascimento.

Ao dar à luz, a mãe de Petra acabou não resistindo ao parto. Como forma de retaliação, seu pai tentou matá-la e a deixou com o braço paralisado – daí o título do livro. Essa limitação acompanhou a mulher durante todos os anos, sem que as pessoas soubessem disso.

Capa do livro Asa Quebrada (HQ).
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: Asa Quebrada
Autores: Antonio Altarriba e Kim (ilustrações)
Editora: Veneta
Páginas: 272
Nota no Skoob: 4,3/5
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Persépolis, de Marjane Satrapi

(presente dado pela Majú)

Uma história forte escrita por uma mulher incrível. Bastou lembrar disso para escolher este livro para a minha amiga secreta, a Fer (outra mulher incrível). Persépolis é uma HQ autobiográfica da iraniana Marjane Satrapi – a primeira mulher a escrever uma história em quadrinhos no Irã!

Com linguagem acessível e cheia de humor, a autora descreve como foi passar sua infância, adolescência e começo da vida adulta sob um governo ditatorial. Passando pelo uso do véu islâmico, uma escola fundamentalista e uma sala de aula só com meninas, ela narra a repressão das liberdades civis, o conservadorismo e a rápida perda de diretos das mulheres.

Uma história revolucionária cheia de verdade e poder, que atravessa a trajetória de líderes políticos, mas encontra força mesmo é nas relações cotidianas de Marjane. Do texto às ilustrações, este livro oferece a todas e todos uma grande experiência estética e sensorial! 

Capa do livro Persépolis (HQ)
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: Persépolis
Autora: Marjane Satrapi
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 352
Classificação no Skoob: 4,6/5
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Prisioneiras, de Drauzio Varella

(presente dado pela Fernanda)

Menina, que tem um jeito muito meigo e fofo, de cabelos cacheados… minha amiga secreta é… 

Antes de revelar quem eu sorteei no amigo secreto, vou justificar a escolha do presente. O livro Prisioneiras, do Drauzio Varella. 

“— Seja bem-vindo à casa das doidas, doutor.” É com essa frase, oito palavras, um diálogo, que o livro se inicia. Muito pequena, mas significante, a abertura já nos prepara para o que irá vir em seguida. 

Varella, atuando como médico voluntário na Penitenciária Feminina da Capital, narra com maestria o cotidiano das mulheres presas e esquecidas que compõem o complexo carcerário. 

Apesar de uma narrativa muito próxima do trabalho mais conhecido de Drauzio, Estação Carandiru, Prisioneiras não é tão sanguinário e bárbaro, mas o impacto violento em relação às emoções é o mesmo. 

De leitura difícil, mas muito importante, não se preocupe se precisar de um tempo para digerir as informações. A carência afetiva e a solidão que assombra a penitenciária é o reflexo de mulheres que já sofreram demasiadamente na vida, vítimas de estupros, familiares abusadores, enganadas por homens que prometeram que elas seriam amadas… essas situações lembram o quão desvalorizadas são as mulheres de uma forma humana e realista.

Não foi fácil escolher um livro de leitura tão pesada. Porém, como mulheres, eu e minha amiga secreta, acreditamos que temos que viajar por dentre outras realidades sociais que não são as nossas, mas que respingam em nós. 

Entender todas as formas de violência contra as mulheres, nos micro e macro expoentes, nos serve de munição para que possamos nos levantar e exigir nosso espaço. Apesar de difícil, ao contrário das prisioneiras de Drauzio, as mulheres não podem ser esquecidas.

… Caroline Luz, minha amiga secreta, espero que você aproveite esse presente, assim como eu aproveitei. 

Capa do livro Prisioneiras.
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: Prisioneiras
Autor: Drauzio Varella
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 272
Classificação no Skoob: 4,6/5
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Frankenstein, de Mary Shelley

(presente dado pela Caroline Luz)

Meu querido amigo secreto, o Murilo, colocou apenas três livros na lista de presentes dele. Entre os títulos selecionados, o que mais me chamou a atenção foi uma edição linda de Frankenstein, editada pela DarkSide Books. 

A história é um romance de terror gótico escrito no século XIX por uma mulher britânica, Mary Shelley, na época com apenas 19 anos. Nela, o leitor acompanha o doutor Victor Frankestein narrando ao capitão Robert Walton como criou aquele que se tornaria um dos personagens mais emblemáticos da literatura, mesmo séculos depois, e as consequências de tentar encontrar o segredo da vida.

Apesar de não ter lido a obra, ela me despertou certa nostalgia, já que meu pai sempre locava fitas VHS na videolocadora da cidade, entre elas Van Helsing – O Caçador de Monstros, em que o monstro criado por Victor Frankenstein é um dos personagens (ou seria o próprio doutor, o monstro verdadeiro)?

Capa do livro Frankenstein.
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: Frankenstein
Autora: Mary Shelley
Editora: DarkSide Books
Páginas: 304
Classificação no Skoob: 4,2/5
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Falando o mais rápido que posso, de Lauren Graham

(presente dado pelo Murilo)

A minha amiga secreta foi a Analu, youtuber literária de primeira linha que adora conversar e falar. Uma reunião que não tenha uma palavra dela é uma reunião perdida.

Para conseguir o Skoob da Analu, acabei dando uma enganada nela, pedindo para que me mandasse seu perfil para que eu pudesse procurar o Skoob do meu amigo secreto. Ela mandou, e aí falei que meu amigo secreto não tinha Skoob, despistando a minha vítima.

Enfim, lá encontrei uma infinidade de livros que ela queria ler. Foi quando vi o título Falando o mais rápido que posso: De Gilmore Girls a Gilmore Girls e tudo no meio do caminho. Pensei: é a cara da Analu! Ela ama falar e agora poderá, quem sabe, falar mais rápido ainda.

Capa do livro Falando O Mais Rápido Que Posso.
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: Falando o mais rápido que posso
Autora: Lauren Graham
Editora: Record
Páginas: 240
Classificação no Skoob: 4,2/5
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Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire

(presente dado pela Analu)

Quando vi este livro na lista de desejados do meu amigo secreto, não pensei duas vezes. Ainda não li Paulo Freire, mas sua contribuição na pedagogia mundial é inegável e é um orgulho, em épocas tão sombrias, lembrar que ele é brasileiro. 

E falando em sombras, a temática da Pedagogia do Oprimido é essencial para que entendamos a importância da educação para nos tirar do obscurantismo, para que um oprimido entenda que a opressão não deve ser seu mundo: existem possibilidades melhores e maiores a serem exploradas.

A relação estabelecida entre opressores e oprimidos é fundamental para que se mantenha uma estrutura de poder – e, por isso, deve ser analisada e rompida. O que torna isso possível é a educação. 

Além de mandar de presente para o meu amigo, quase aproveitei e comprei um exemplar logo para mim. Acredito que ele seja um ótimo presente de amigo secreto porque, quando estamos perto de um ano novo, renovamos o gás para os novos aprendizados – e temos muito o que aprender com Paulo Freire.

Capa do livro Pedagogia do Oprimido.
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: Pedagogia do Oprimido
Autor: Paulo Freire
Editora: Paz & Terra
Páginas: 256
Classificação no Skoob: 4,5/5
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A cor púrpura, de Alice Walker

(presente dado pelo Beto)

2020 foi um ano marcado pela visibilidade negra – ou à transparência ao massacre do povo preto. A Cor Púrpura, meu presente à minha amiga secreta, a Raquel, foi uma escolha motivada, principalmente, pela contemporaneidade do livro.

Celie, mulher negra, é constantemente abusada sexualmente pelo pai. Engravida duas vezes e vê seus filhos tirados de perto. No momento da morte de sua mãe, sua relação com o pai piora, e ela é obrigada e se casar com Albert, fazendeiro, que dá continuidade ao ciclo de abuso e violência.

Entre todos os traumas e problemas que enfrenta por ser uma mulher preta em uma sociedade racista, machista e conservadora, Celie faz o que pode: segue sua vida. Com seus direitos básicos roubados, luta, principalmente, por dignidade de existência.

A obra permite entender um pouco a relação África-América, continentes interligados por uma história de escravização. Desperta também a responsabilidade dos indivíduos para a luta racial e de gênero.

É um livro sobre amor (mesmo que perdido). 

Capa do livro A Cor Púrpura.
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: A cor púrpura
Autora: Alice Walker
Editora: José Olympio
Páginas: 336
Classificação no Skoob: 4,5/5
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Yellow Submarine, de Bill Morrison

(presente dado pela Raquel)

No amigo secreto de Opiniões Certificadas eu tirei o Bernardo. Quem o conhece, sabe como ele é aquele tipo de pessoa que sabe exatamente tudo sobre o mundo da música e sempre tem uma história boa sobre qualquer banda  — sim, qualquer mesmo! Pergunte para ele sobre as formações de Calcinha Preta e ele saberá o nome de todos os integrantes. 

Na hora que eu tirei o nome dele, eu já sabia qual o livro que queria presentear: a edição de Yellow Submarine pela DarkSide Books. Essa é uma versão em quadrinhos do famoso filme de animação dos Beatles e que carrega o mesmo nome.

Quem já conhece a DarkSide sabe como a editora tem um trabalho excelente de diagramação e arte, sempre levando aos leitores uma experiência encantadora de leitura e livros belíssimos, que dá vontade de colecionar. 

Em Yellow Submarine, a editora conseguiu surpreender mais uma vez, em uma obra cheia de cores vivas, capa dura e uma diagramação que foge do comum, ou seja, nada daquelas linhas muito retinhas dos quadrinhos mais antigos. 

Eu senti que este é um livro que todos os apaixonados por música gostariam de ter na prateleira, afinal, Beatles é uma das bandas mais icônicas do mundo, com um número imenso de fãs, e sempre é encantador ter uma versão especial de um álbum e filme que conquistou tantas pessoas pelo planeta.

Capa do livro Yellow Submarine (HQ).
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: Yellow Submarine
Autora: Bill Morrison
Editora: DarkSide Books
Páginas: 128
Classificação no Skoob: 3,9/5
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Torto Arado, de Itamar Vieira Junior

(presente dado pelo Bernardo)

Meu amigo secreto deixou uma lista de desejos com muitos livros, grande parte abordando questões sobre minorias. Para escolher um deles, utilizei o método mais didático possível: li a sinopse de cada um e analisei qual eu mais gostava. O escolhido foi Torto Arado, de Itamar Vieira Junior. 

Ambientado no sertão da Bahia, conta a história das irmãs Bibiana e Belonisia. Quando crianças, encontram uma faca entre as coisas da avó, e, acidentalmente, uma das duas corta a própria língua fora. A partir daí, elas precisam uma da outra para se expressar. 

O romance é dividido em três partes: a primeira narrada por Bibiana, a segunda por Belonisia e a terceira por Santa Rita Pescadeira. A trama ainda aborda questões religiosas, étnicas, culturais e políticas, além de revisitar e atualizar grandes clássicos da literatura brasileira.

Torto Arado foi vencedor do prêmio Leya, em 2018, e do prêmio Jabuti em 2020.

Capa do livro Torto Arado.
Imagem: Amazon/Reprodução

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Título: Torto Arado
Autor: Itamar Vieira Junior
Editora: Todavia
Páginas: 408
Classificação no Skoob: 4,7/5
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Presentar um amigo com um livro é uma das melhores formas de encerrar o ano, não acha? Esse exercício de empatia nos faz refletir sobre a personalidade do outro, ao mesmo tempo em que é uma oportunidade de imprimir um pouco da nossa própria identidade no presente dado.

De fato, 2020 não foi fácil para ninguém. No entanto, chegamos ao fim. Sobrevivemos. Que os últimos dias deste ano sejam uma oportunidade para celebrarmos as relações de amizade e afeto, tão necessárias em momentos de dificuldade.

A equipe de redação do site Opiniões Certificadas deseja um final de ano feliz a todas e todos, na medida do possível. Se você trabalha ou conhece alguém que está na linha de frente do combate à pandemia, nos hospitais e enfermarias, obrigado! Vocês são os verdadeiros heróis de 2020.

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