estante com diversos discos de vinil dos beatles

Discos de vinil dos Beatles: guia completo para comprar!

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Em uma coleção de LPs, não pode faltar pelo menos um disco de vinil dos Beatles. A banda foi responsável por uma revolução cultural durante os anos 1960 e gravou seu nome na história entre os grandes acontecimentos do século 20.

Ao todo, a discografia dos Beatles (conforme lançada na Inglaterra) é composta por 13 álbuns de estúdio com características muito diferentes entre si. Cada fã tem seu favorito, bem como sua fase da banda ou música preferida.

Se você não sabe qual o melhor disco do Fab Four para ter em sua coleção, não se preocupe! Para ajudar na escolha, contamos pra você os segredos de toda a discografia da banda. Continue a leitura e confira!

1. Please Please Me (1963)

A carreira dos Beatles se iniciou por volta do ano de 1957, quando John Lennon conheceu Paul McCartney em um evento no subúrbio de Liverpool e o convidou para a sua banda (que à época se chamava The Quarrymen). 

Os seis anos entre esse momento e o lançamento do primeiro disco foram marcados por turnês na Alemanha, temporadas no Cavern Club, entradas e saídas de integrantes e trocas de nome, até alcançarem o tão sonhado contrato com a gravadora e conseguirem lançar o primeiro trabalho de estúdio.

Please Please Me foi gravado em um intervalo de 13 horas – o que até para a época era muito pouco. O repertório é dividido entre seis covers e outras oito composições da dupla Lennon-McCartney, e a sonoridade remete bastante ao rock and roll dos anos 50, como Elvis, Chuck Berry e Little Richard, com algumas influências do skiffle britânico.

Entre faixas eletrizantes e baladas de amor, é possível destacar a dançante e frenética “I Saw Her Standing There”, a romântica “Baby It’s You” e a versão atemporal de “Twist and Shout”, que se tornou um clássico.

O grande destaque desse disco de vinil dos Beatles é justamente o produtor George Martin, que mesmo com poucas possibilidades e orçamento reduzido, soube compreender o que a banda tinha de melhor. 

Sob sua batuta, o trabalho traduz bem o que os Beatles eram naquele momento: um conjunto energético, apaixonante e que se comunicava com a juventude. Além disso, é bastante direto, com pouquíssimos overdubs. 

A qualidade vocal também impressiona. Os quatro rapazes de Liverpool se revezam pelo microfone principal, acrescentando sempre backing vocals afinadíssimos e certeiros – uma marca que os acompanhou por toda a carreira. 

O primeiro disco foi um sucesso absoluto na Inglaterra, alcançando a primeira posição da parada britânica e a quarta na Alemanha. Foi o primeiro capítulo do que viria a ser o maior fenômeno pop do século 20.

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2. With the Beatles (1963)

Com o sucesso de Please Please Me, a Parlophone fez o que qualquer gravadora faria: pediu que os Beatles gravassem outro disco para ser lançado no mesmo ano. Oito meses depois, nascia With the Beatles, que dava continuidade ao trabalho que a banda vinha construindo.

A novidade aqui em termos de sonoridade são os covers de artistas da Motown, que trouxeram para o álbum como um todo uma roupagem mais voltada ao soul e ao R&B. O rock and roll de sempre, porém, está bem presente, como na histórica versão de “Roll Over Beethoven”, cantada por George Harrison. 

Entre os arranjos do álbum, o mais bem realizado é “All My Loving”. Enquanto a parte instrumental já apresenta alguma complexidade, especialmente no baixo de Paul McCartney ou no solo de guitarra de George Harrison, a letra permanece como algo palatável e com potencial para cativar multidões – o que realmente aconteceu.

Os overdubs também estão mais presentes, o que torna esse registro menos cru que o anterior. Além da bateria, Ringo toca diferentes tipos de percussão, como maracas, pandeiro e bongô, e também bate palmas em algumas faixas. Os demais rapazes tocam diversos tipos de instrumentos de cordas, e o produtor George Martin fica a comando dos pianos e órgãos.

Se a Parlophone precisava de uma prova de que os Beatles haviam chegado para ficar, eles conseguiram muito mais que isso. With The Beatles foi novamente para o topo das paradas inglesa e alemã, e o sucesso proporcionou à banda sua primeira turnê americana, marcando de uma vez por todas o início da Beatlemania.

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3. A Hard Day’s Night (1964)

Não é preciso dizer que a primeira tour americana dos Beatles foi um sucesso. Para se ter uma ideia, além de casas de shows lotadas, a banda fez uma performance no Ed Sullivan Show, o principal programa de televisão da época nos Estados Unidos. Essa apresentação foi assistida por aproximadamente 73 milhões de pessoas (34% de toda a população do país).

Ao voltarem para sua terra natal, o diretor de cinema Richard Lester procurou a banda para que juntos fizessem um filme que captasse o momento que viviam. A ideia era que os rapazes estrelassem uma comédia pastelão que se ambientasse em situações causadas pela Beatlemania. Assim nasceu A Hard Day’s Night, ou, como foi batizado no Brasil, Os Reis do Iê Iê Iê, em alusão ao refrão clássico de “She Loves You”.

Acompanhado do filme (que por sinal foi um sucesso), a banda lançou o terceiro disco de sua carreira. Foi o primeiro em que todas as faixas eram composições dos próprios Beatles, sendo o Lado A constituído pela trilha sonora do longa-metragem, e o Lado B de outras canções.

Aqui, é possível notar muitas influências de música estadunidense, especialmente do folk rock, que fazia muito sucesso à época. Os quatro rapazes, que ainda eram muito jovens, ficaram encantados em conhecer mais de perto os artistas americanos, e imprimiram essa marca em canções como “Things We Said Today” e “And I Love Her”.

“I Should Have Known Better” e “If I Fell” seguem a fórmula de baladas românticas radiofônicas para conquistar o público beatlemaníaco.

Curiosidade: o solo de “Can’t Buy Me Love” foi regravado e sobreposto à primeira versão, pois George Harrison não havia gostado do resultado. Entretanto, ao prestar atenção, ainda é possível ouvir a gravação antiga ao fundo, pois a faixa já estava pronta e não conseguiram apagar a versão anterior.

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4. Beatles for Sale (1964)

A exemplo de 1963, novamente os Beatles lançaram dois álbuns no mesmo ano para aproveitar o sucesso. Entre o lançamento de um trabalho e outro, eles realizaram outra tour pelos Estados Unidos e conheceram grandes personalidades, como o pugilista Cassius Clay (que mais tarde se tornaria Muhammad Ali) e o músico Bob Dylan.

Beatles for Sale é talvez o trabalho com mais influências estadunidenses do quarteto. Além de gravarem homenagens a grandes nomes do país, como Chuck Berry, Carl Perkins, Little Richard e Buddy Holly, as canções de autoria própria, como “I’m a Loser” e “Every Little Thing” , têm levadas country, demonstrando a proximidade do conjunto com a música americana à época.

Entre todo o repertório, podemos destacar “Eight Days a Week”, faixa que lembra a sonoridade própria do grupo. “I’ll Follow The Sun”, uma das baladas menos notórias do disco, traduz o que viria a se tornar o tipo de composição de Paul nos anos seguintes.

Lennon se sobressai como vocalista em performances incríveis nas canções “Rock and Roll Music” e “Mr. Moonlight”. A forma berrada de cantar seria reprisada posteriormente em seus discos solo.

Se você é fã de Johnny Cash e Bob Dylan, esse é o disco de vinil dos Beatles para você.

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5. Help! (1965)

O primeiro filme dos Beatles foi um grande sucesso pelo mundo. A gravadora sugeriu então que o Fab Four repetisse a fórmula e lançasse um novo filme de comédia pastelão, acompanhado de um lançamento em vinil com a trilha sonora.

Esse seria Help!, o quinto disco de estúdio da banda. Ele segue com influências de música estadunidense (vide “You’ve Got to Hide Your Love Away”, de Lennon, e “I’ve Just Seen a Face”, de McCartney), porém aqui os integrantes já se sentem à vontade para inovar um pouco nas composições.

Para perceber isso, basta ouvir a balada “I Need You”, a melhor composição de Harrison até o momento, e a inacreditável “Yesterday”, belíssima e complexa canção escrita por McCartney e coroada com um lindo arranjo de cordas de George Martin.

Entre outras canções que entraram para a história do quarteto, podemos citar “Ticket to Ride” e a própria “Help!”, que dá nome ao disco.

Help! é o último disco da chamada “primeira fase” dos Beatles, em que, apesar das variações, eles ainda seguiam uma forma similar aos demais conjuntos contemporâneos. A partir do lançamento seguinte, as coisas mudariam consideravelmente.

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6. Rubber Soul (1965)

Como já falamos, os Beatles foram construindo sua sonoridade com o passar dos anos, ao passo que iam colecionando influências de novos gêneros musicais e artistas que conheceram durante as longas turnês. Toda essa miscelânea é o que forma o Rubber Soul, trabalho que inaugura uma nova fase dos rapazes de Liverpool.

Logo na primeira faixa, “Drive My Car”, já é possível observar essa mudança.  A canção possui riffs de piano típicos de R&B, um solo de guitarra com slide e uma letra mais adulta, com eufemismos sexuais, demonstrando uma banda mais madura.

Em muitas outras (“Norwegian Wood”, “Nowhere Man” e “Girl”), nota-se a forte influência do folk rock estadunidense aliado a fórmulas já bem consolidadas, como o uso de backing vocals trazendo atmosfera às músicas e riffs bem estruturados. 

O pop barroco também é uma das facetas, aparecendo em “Michelle”,  uma composição inteligente de McCartney com alguns versos em francês, e “In My Life”, composta por Lennon em homenagem a seus amigos.

Os overdubs também estão muito mais presentes, e além de baixo, bateria e guitarra, algumas faixas possuem sons de percussão, órgão, piano e até sitar, um instrumento indiano que Harrison havia aprendido a tocar háa pouco tempo.

O fato é que Rubber Soul é o embrião dos discos de vinil dos Beatles da era psicodélica – e, por isso, é apontado por muitos fãs como o favorito. 

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7. Revolver (1966)

No documentário The Beatles – Anthology, George fala que Rubber Soul e Revolver poderiam ser o volume 1 e 2 de um mesmo disco. E não é à toa, já que a sonoridade proto-psicodélica é a pedra fundamental de ambos. O segundo, porém, é naturalmente mais experimental que o primeiro.

O disco abre com“Taxman”, escrita pelo próprio Harrison e que tem excelentes performances de todos os membros, especialmente de Ringo, que, ao contrário do que muitos pensam, era um excelente baterista.

Outra pérola presente em Revolver é “Eleanor Rigby”, de autoria de Paul McCartney. A letra é uma crônica a respeito de situações comuns aos britânicos, e o arranjo de cordas – feito novamente por George Martin – traz um ar barroco e melancólico à canção.

Entre as faixas mais psicodélicas escritas por Lennon estão “I’m Only Sleeping”, “She Said, She Said” e “Tomorrow Never Knows” sendo essa última uma das canções mais inovadoras de toda a carreira dos Beatles e uma grande influência para os movimentos de madchester e adic house dos anos 1990 na Inglaterra.

“Love You To”, de George; “Here, There and Everywhere” , de Paul; “And Your Bird Can Sing”, de John; e “Yellow Submarine”, cantada por Ringo, são mais alguns exemplos de músicas incríveis presentes no álbum e que valem a pena ser ouvidas em vinil.

Obs.: No momento em que esse conteúdo é publicado, o Revolver é o disco preferido dos Beatles do autor. Mas isso pode mudar com facilidade, afinal, amanhã não se sabe.

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8. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)

Com a repercussão positiva dos trabalhos anteriores, os Beatles saíram em turnê. Porém, com canções mais elaboradas, o quarteto observou que a execução se tornava cada vez mais difícil. 

Aliado ao medo causado por constantes ataques sofridos por celebridades, a banda decidiu parar com as apresentações ao vivo em 1966 e focar na produção de um novo disco.

Esse período deu origem ao Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, um trabalho icônico e que foi um grande divisor de águas para a música popular mundial. Com um clima bastante psicodélico, tem um conceito inspirado em movimentos artísticos do século 19 como circo e vaudeville e militarismos da era eduardiana.

Citar canções desse disco chega a ser uma injustiça, pois tanto as composições quanto os arranjos e a execução são impecáveis. Novamente sob a batuta de George Martin e sem o compromisso de ter que executar as faixas ao vivo, os rapazes trouxeram mais complexidade ao seu som.

George Harrison, por exemplo, é autor de “Within You Without You”, canção com sonoridade e letra muito influenciadas pela cultura indiana – a qual o beatle era seguidor há alguns anos. Uma música mais complexa, com sons de sitar, dilruba, percussão e orquestra.

John Lennon também escreveu muitas canções de destaque. A polêmica e ao mesmo tempo inocente “Lucy in The Sky With Diamonds” acabou se tornando um dos hinos da psicodelia dos anos 60, e “Being for the Benefit of Mr Kite!” brinca com diferentes padrões de tempo invocando a estética circense.

A obra-prima de Sgt. Peppers é justamente a última faixa, “A Day in The Life”. Composta pela dupla Lennon-McCartney, é mais uma crônica sobre o cotidiano britânico e conta com um arranjo de cordas incrível (escrito e regido pelo próprio Paul).

Outros clássicos do álbum são “Getting Better” e “Lovely Rita”, de Paul McCartney, e “With a Little Help for My Friends”, imortalizada na voz de Ringo Starr. 

Certamente, Sgt. Peppers é um disco para se apreciar do início ao fim – e a cada nova audição, você descobrirá algo diferente. 

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9. Magical Mystery Tour (1967)

Sgt. Pepper’s foi um clássico instantâneo. A crítica especializada não poupou elogios e considerou o álbum um marco para a música ocidental na semana de seu lançamento. Os Beatles, que tinham algumas sobras de estúdio e singles disponíveis, resolveram então compor outro trabalho em 1967.

O Magical Mystery Tour foi imaginado originalmente como um EP duplo, ou seja, dois pequenos discos com três músicas cada. Porém a edição dos Estados Unidos juntou essas canções aos demais singles e lançou tudo em um só vinil. Com o tempo, essa versão acabou se tornando a definitiva.

O repertório é vasto de composições incríveis: “The Fool on the Hill”, “Hello, Goodbye”, “Blue Jay Way”, “Baby, You’re a Rich Man” e “All You Need is Love” são alguns exemplos de canções do disco que entraram para a história da banda.

A dobradinha entre “Strawberry Fields Forever”, de Lennon, e “Penny Lane”, de McCartney, é um grande exemplo da sonoridade que a banda vinha construindo nessa fase. Não por acaso, ambas são referências a Liverpool, a cidade natal do quarteto.

A divertida “I Am the Walrus” e a mística “Blue Jay Way” (essa última, composta por Harrison com influências indianas) também trazem performances incríveis do Fab Four. 

O Magical Mystery Tour fecha a segunda fase dos Beatles, formada pela quadrilogia de discos psicodélicos entre 1965 e 1967. Esse tipo de sonoridade voltaria a aparecer nos lançamentos seguintes, porém o estilo de música mudaria consideravelmente.

Curiosidade: além do LP, os Beatles também lançaram um longa-metragem chamado Magical Mystery Tour. É completamente confuso e não vale a pena assistir.

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10. The Beatles (Álbum Branco) (1968)

No início de 1968, os Beatles tiraram férias e foram dedicar-se aos próprios projetos, além de fazerem uma viagem coletiva à Índia. Durante esse período, cada um dos quatro pôde pesquisar novas referências e desenvolver seus próprios métodos de composição.

Foi com as mentes efervescentes e cheios de novas ideias que resolveram registrar seu próximo álbum. O clima já não era dos melhores e os conflitos internos entre os integrantes se agravavam cada vez mais, o que fez com que a gravação durasse quase seis meses.

O resultado, entretanto, não transparece essas rusgas. O disco duplo The Beatles, muitas vezes chamado de Álbum Branco graças à sua capa, foi lançado no fim de 1968 e revela uma banda musicalmente madura, que se permite arriscar e inovar. 

É a emancipação de George Harrison como compositor, que acabou desenhando o estilo pelo qual ficaria conhecido na fase final da banda e em sua carreira solo. É impossível falar do Álbum Branco sem citar “Long, Long, Long”  ou “While My Guitar Gently Weeps”, algumas de suas contribuições.

Ringo também se destaca em muitas faixas, desde “Don’t Pass Me By”, sua primeira composição integral para os Beatles, à performance insana como baterista de “Helter Skelter”, a faixa mais pesada da história da banda.

A dupla Lennon-McCartney também não deixou a desejar. John trouxe canções diferenciadas, como a complexa “Happiness is a Warm Gun”, a emocional “Julia” e a agressiva “Everybody’s Got Something To Hide Except Me And My Monkey”, cada uma com estilo singular.

Já Paul, por outro lado, se destaca em faixas mais folk, como “Blackbird” e “Mother Nature Son”. “Martha My Dear”, canção que fez em homenagem à sua cachorrinha, demonstra como o músico havia desenvolvido suas composições no piano, fórmula que repetiria durante os anos seguintes.

O Álbum Branco é um trabalho bem elaborado que demonstra todo o potencial que os quatro integrantes tinham e inaugura a terceira e última fase da banda. A versão abaixo, disponível na Amazon, foi remasterizada e relançada em 2018.

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11. Yellow Submarine (1969)

Além do Álbum Branco, em 1968 os Beatles também lançaram a animação Yellow Submarine, baseada na canção de mesmo nome lançada em 1966. Assim como nos três filmes anteriores, esse veio acompanhado do lançamento de um disco que servisse como trilha sonora.

O lado A é composto por “Yellow Submarine” e “All You Need Is Love”, relançadas de trabalhos anteriores, e outras quatro canções do filme que já haviam sido lançadas como singles ou reaproveitadas de sessões antigas. 

Entre os destaques estão “Hey Bulldog”, de John Lennon, e “Only a Northern Song” de George Harrison. Ambas seguem a linha de rocks mais psicodélicos da banda.

Já o Lado B é composto apenas de canções orquestradas, compostas e arranjadas por George Martin, o renomado produtor dos Beatles desde o primeiro álbum. Todas elas também servem como trilha para o filme e brincam com o estilo de canções de animações da época, além de influências orientais.

Graças a todas essas características, esse é um disco de vinil dos Beatles muito diferente dos demais – o que não é ruim! Se você gosta de psicodelia e orquestrações, ele é essencial para a sua coleção.

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12. Abbey Road (1969)

Por mais que o Abbey Road não tenha sido o último trabalho que os Beatles lançaram (o Let It Be ainda sairia em 1970), ele foi o último a ser gravado. Isso porque os integrantes passavam por problemas sérios de convívio e decidiram se separar, partindo para suas respectivas carreiras solo.

A ideia de gravar um disco para encerrar a carreira com chave de ouro surgiu pois a banda ainda tinha muito material inédito de qualidade e que poderia resultar em um álbum coeso. Para produzir a banda, convidaram mais uma vez George Martin, parceiro de longa data.

O resultado não poderia ser melhor. Apesar dos atritos, os quatro rapazes concordaram em manter a boa convivência e “cometeram” algumas das canções mais memoráveis de sua história.

Harrison, que estava inspirado e trabalhando em seu próprio disco solo, contribuiu com peças icônicas como “Something” e “Here Comes the Sun”, ambas demonstrações do seu potencial e amadurecimento como compositor. Ringo Starr colaborou com “Octopus’s Garden”, sua última composição para a banda.

Já Lennon é responsável pela composição de “Come Together”, que permanece até hoje entre as faixas mais conhecidas dos Beatles, e da belíssima “Because”, que tem como base as harmonias vocais entre os integrantes.

O grande destaque entre as suas contribuições para o álbum, entretanto, é “I Want You (She’s So Heavy)”, uma faixa psicodélica que alterna entre rock, blues e bossa nova, com tempos quebrados, solos de guitarra e harmonias invejáveis.

Paul McCartney também demonstrou sua habilidade como compositor no medley de oito músicas, que começa em “You Never Give Me Your Money” e termina em “The End”, fechando o disco. Baseadas em melodias de piano, são mais um exemplo inacreditável do que os quatro conseguiam realizar quando estavam juntos.

O Abbey Road é um ótimo encerramento para a carreira dos Beatles. Além de revisitar referências de toda a sua obra anterior, ele define bem a sonoridade que muitos músicos buscariam durante a década seguinte, inclusive os próprios membros.

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13. Let It Be (1970)

Como falamos há pouco, o Let It Be foi gravado antes do Abbey Road, embora a ordem dos lançamentos tenha sido invertida. O motivo era simples: as sessões haviam ocorrido em um momento de muita tensão, e os Beatles não haviam gostado do resultado do projeto. Entretanto, antes de encerrar a banda, concordaram em retrabalhar as canções e lançá-las em um disco “póstumo”. 

Em toda a carreira da banda, esse foi o único trabalho cuja produção não é assinada por George Martin, mas por Phil Spector, um influente (e polêmico) produtor norte-americano. A escolha foi feita por Lennon, porém não foi unânime com os outros membros.

Em comparação com Abbey Road, a sonoridade de Let It Be é mais direta. Algumas peças seguem a fórmula rock and roll dos últimos discos, como “Dig a Pony”, “I’ve Got a Feeling” e “I Me Mine” – essa última, de George Harrison.

“Let It Be” e “The Long and Winding Road”, canções clássicas do repertório, são baladas de McCartney à base de piano, com orquestrações de Spector. Ao contrário dos arranjos de Martin, esses são, em geral, mais grandiosos.

Outras faixas memoráveis são “Across the Universe”, escrita por Lennon após a viagem à Índia, e “Get Back”, um desabafo sobre a relação difícil com o parceiro de composições e sua companheira Yoko Ono.

Um dos grandes êxitos desse disco é que ele conta com a participação do tecladista Billy Preston em quase todas as faixas. O músico acrescentou corpo às canções, trazendo influências de funk e soul americano para a banda.

O Let It Be é um álbum simples e fácil de ouvir. Ideal para estar em sua coleção e ouvir em dias em que você busca por algo mais leve e sem muita complexidade (falando em padrões dos Beatles, é claro).

Curiosidade: a versão original de “Across the Universe” teve a participação de uma brasileira nos backing vocals. Para o Let it Be, porém, ela foi regravada e os vocais foram retirados.

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Bônus: 1 – Coletânea (2000)

Para os fãs que gostam de ter os principais hits da banda todos reunidos, a dica é apostar na coletânea 1, lançada em 2000. Esse disco de vinil dos Beatles reúne todos os sucessos que alcançaram o primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos e do Reino Unido. 

Ao todo, são vinte e sete canções de todas as fases da banda, gravadas entre 1962 e 1970. Algumas das faixas (como “She Loves You”, “Day Tripper”, “Hey Jude” e “The Ballad of John and Yoko”) não estão em nenhum dos discos acima, pois foram lançadas apenas em singles. 

Se você quer um disco sem erros para ter na coleção, essa é a escolha perfeita!

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Agora não há mais desculpas para não ter seu disco de vinil dos Beatles favorito na coleção, é só escolher e colocar para tocar!


Se você gostou desse post, que tal conferir os discos do Queen e do Led Zeppelin também? Não esqueça de deixar seu comentário!

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