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Penguin Companhia: conheça 13 livros clássicos dessa coleção

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A Penguin Books é uma editora britânica que nasceu em 1935 com a proposta de oferecer boa literatura a preços acessíveis. Em 2011, ela se expandiu para o Brasil ao adquirir 45% da editora Companhia das Letras e, em meio a essa fusão, nasceu o selo Penguin Companhia.

Replicando a proposta da editora britânica, o objetivo do selo é a publicação de livros clássicos em formatos econômicos para que eles possam, então, ser vendidos por valores mais acessíveis. Os livros da Penguin Companhia são em formato brochura, com capa mole e não possuem orelha. 

A economia, no entanto, não é repassada ao texto, muito pelo contrário: a editora é reconhecida por suas excelentes traduções e os livros ainda contam com ótimos textos de apoio, que servem como instrumento para uma maior compreensão e estudo da obra. Siga na leitura para conferir 13 dos títulos publicados pelo selo e, quem sabe, aumentar sua coleção!

1. Romeu e Julieta

Um clássico é um clássico, não é mesmo? O poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare escreveu inúmeras peças de sucesso, mas acredito que dê para dizer com tranquilidade que Romeu e Julieta é a mais conhecida de todas.

A história do casal de adolescentes apaixonados que precisa lutar contra suas famílias rivais para vivenciar esse amor já atravessou e encantou inúmeras gerações. A edição da Penguin Companhia conta com tradução de José Francisco Botelho e ensaio introdutório de Adrian Poole, especialista na obra.

2. Os sofrimentos do jovem Werther

E nem só de Romeu e Julieta vive a literatura sobre jovens que cometem suicídio por amor. Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe, é clássico do romantismo alemão que ficou reconhecido, também, por impactar profundamente os jovens de sua época.

No livro acompanhamos a história de Werther que se apaixona por Charlotte e, ao descobrir que ela vai se casar com outro, sucumbe completamente ao desespero da paixão não correspondida. Passam-se anos e ele continua atual, por falar tanto sobre a pungência dos sentimentos e a impulsividade do ser humano. 

Nessa edição, a tradução é assinada por Maurício Mendonça e a obra conta com introdução de Michael Hulse. 

3. Dom Quixote

Além de ser uma versão bastante repaginada das novelas de cavalaria que faziam sucesso em sua época de publicação, Dom Quixote, a obra-prima do escritor espanhol Miguel de Cervantes, é bastante perspicaz e metalinguístico.

O livro acompanha as aventuras do personagem título, que perdeu o juízo de tanto ler… novelas de cavalaria! A partir daí, ele se tornou ele mesmo um cavaleiro e seguiu por aí lutando por justiça e pela sua amada (e imaginária) Dulcinéia.

A edição da Penguin Companhia tem o texto traduzido por Ernani Ssó, introdução de John Rutherford e, ainda, textos de posfácio de Jorge Luis Borges e Ricardo Piglia.

4. Úrsula

O primeiro livro brasileiro que eu escolhi para esta lista é, também, um dos primeiros romances de autoria feminina no país. Maria Firmina dos Reis foi uma escritora negra nascida no Maranhão e que, por muito tempo, se protegeu atrás do pseudônimo “Uma Maranhense” para publicar seus escritos.

Úrsula é um romance abolicionista publicado em 1859 que retrata os problemas da sociedade escravocrata brasileira e dá voz aos personagens escravizados, que expõem as agruras que sofrem nas mãos dos capatazes e donos de terras a quem o sistema não impunha limite algum.

Essa edição conta com texto de introdução de Maria Helena Pereira Toledo Machado e cronologia da obra por Flávio Gomes.

5. Grandes Esperanças

Charles Dickens é um escritor inglês de grande renome e com diversas obras famosas no currículo, como Oliver Twist, Um conto de Natal e David Copperfield. Em Grandes Esperanças ele conta a história de Pip, um órfão criado em um lar disfuncional e em meio à pobreza que, ao herdar inesperadamente uma grande soma de dinheiro passa a desdenhar suas origens e todos os amigos que tinha até então.

O grande trunfo do autor está na criação do próprio personagem, que não gera uma empatia óbvia, mas sim profunda e que acaba cativando o leitor, que acredita tanto em suas passagens pouco nobres quanto em seu arco de redenção.

O tradutor dessa edição é Paulo Henriques Britto e a introdução é de David Trotter, especialista em literatura britânica e norte-americana do século XIX.

6. A letra escarlate

A letra escarlate, de Nathaniel Hawthorne, conta a história da jovem Hester Prynne que engravida de uma relação adúltera, em uma comunidade puritana de Boston no século XVII. A partir de então, ela é obrigada a carregar a letra A, de adúltera, bordada em seu peito e, enquanto é escrachada pela sociedade, precisa encontrar forças para erguer sua cabeça e criar sua filha.

Publicado pela primeira vez em 1850, o livro, que traz um retrato sobre o peso das normas sociais na vida das pessoas, se tornou não apenas um clássico, mas uma obra-prima da literatura mundial. A edição da Penguin Companhia tem tradução de Christian Schwartz e posfácio de Nina Baym. 

7. As relações perigosas

Em um mundo sem redes sociais e sem a fofoca rolando solta na internet, a troca de conversas e suposições se dava por meio de cartas. Em As relações perigosas, de Chordelos de Laclos, um grupo de pessoas da nobreza francesa compartilha várias intrigas dessa maneira, colocando os holofotes sobre o libertino visconde de Valmont, a duquesa de Merteuil e a jovem Cécile. 

O livro, que foi um sucesso desde a época de seu lançamento em 1782, renovou seu fôlego em terras brasileiras no ano de 2016, com a exibição da minissérie Ligações Perigosas, inspirada no clássico. A edição da Penguin Companhia tem tradução de Dorothée de Bruchard e introdução de Helen Constantine.

8. Madame Bovary

Publicado pela primeira vez em 1856, a obra-prima de Gustave Flaubert é considerada por muitos outros autores como o “romance perfeito”, por contar com uma escrita que desafiava tanto as estruturas literárias vigentes como as convenções sociais.

No livro acompanhamos a vida de Emma Bovary, que encontra nos livros de romance uma distração para o tédio do casamento — enquanto se torna uma das primeiras (e mais impactantes) esposas adúlteras atormentadas da ficção. Anna Kariênina que o diga!

Essa edição conta com tradução de Mário Laranjeira, prefácio de Lydia Davis e, ainda, um dossiê de artigos que reiteram a importância de Flaubert em seu tempo.

9. Triste fim de Policarpo Quaresma

Uma crítica ao patriotismo acrítico, Triste fim de Policarpo Quaresma não podia ser mais atual, apesar de se passar no final do século XIX. Na obra, acompanhamos a história do personagem título, um major nacionalista que quer defender as tradições do país a todo custo, causando reações desdenhosas de quem está em volta.

Como muitos romances de sua época, o livro foi publicado pela primeira vez no formato de folhetim no Jornal do Commercio, ao longo do ano de 1911. Essa edição da Penguin Companhia traz uma introdução da historiadora Lilia Schwarcz, um texto sobre a história publicado em 1916 (de Oliveira Lima) e, ainda, centenas de notas que complementam a leitura.

10. Mulherzinhas

Mulherzinhas também é um clássico que estava um pouco apagadinho no Brasil e tornou a chamar atenção no final de 2019, com o lançamento do filme Adoráveis Mulheres, sua mais nova adaptação, com direção de Greta Gerwig. 

A obra de Louisa May Alcott foi publicada pela primeira vez em 1868 e conta a história das irmãs March, que estavam crescendo e se descobrindo em meio à Guerra Civil Americana, entre os anos de 1861 e 1865. Cada uma das quatro irmãs, Jo, Beth, Meg e Amy tem suas próprias características e consegue se tornar a favorita de diferentes leitores e sua história tem tanto poder que encanta pessoas de todas as idades.

A edição da Penguin Companhia tem tradução de Julia Romeu e prefácios de Patti Smith e Elaine Showalter. 

11. Jane Eyre

Citado logo acima, o livro de Louisa May Alcott é considerado um clássico feminista por refletir sobre o espaço das mulheres na sociedade e sua liberdade artística. Alguns anos antes disso, na Inglaterra, as irmãs Brontë publicavam seus livros sob pseudônimos masculinos, para que fossem levadas a sério.

Foi assim que, em 1847, Londres estava em polvorosa falando do livro Jane Eyre, escrito por um tal de Currer Bell que, na verdade, vinha a ser Charlotte Brontë. Publicada com o subtítulo de “uma biografia”, a obra é um romance de formação em primeira pessoa, no qual a personagem título nos conta sua história desde a infância. 

Jane passou por inúmeros percalços no início de sua vida, mas veio a se encontrar em um colégio interno, no qual foi aluna e professora, até sair dali para atuar como preceptora da pequena Adéle, na casa do enigmático Mr. Rochester. 

Enquanto sua vida continua recheada de reviravoltas, a carismática narradora não se tolhe ao fazer reflexões sobre se perceber uma mulher em meio a uma sociedade tão desigual.

Essa edição tem tradução de Fernanda Abreu, prefácio de Sandra Guardini Vasconcelos e introdução de Stevie Davies. 

12. A Falência

Júlia Lopes de Almeida é outra autora brasileira que andou esquecida nos livros didáticos sobre literatura mas vem sendo redescoberta, se tornando tema, inclusive, de vestibulares pelo país. Em A Falência ela traz um retrato cirúrgico da burguesia urbana brasileira do final do século XIX, constituída em cima do sucesso das plantações de café.

Enquanto a segurança econômica, que parecia inabalável, se perde, e a governabilidade do Brasil vai mudando de cara, os protagonistas da história precisam se deparar ainda com a falência da própria família, seja no que tange ao dinheiro ou mesmo nos costumes. Essa edição conta com prefácio de Luiz Ruffato.

 

13. Frankenstein

Não podia faltar na lista um clássico do terror! Frankenstein é outro livro que atravessa gerações e colocou seus personagens no imaginário popular com tanta força que muitas pessoas nem sabem que a “lenda” nasceu no livro de Mary Shelley, publicado em 1818.

A obra conta a história do Dr. Victor Frankenstein que foi ousado a ponto de querer criar uma vida em laboratório e, ao se deparar com a “criatura horrenda” à qual deu origem, a abandona no mundo sem qualquer responsabilidade. 

Mary traz então, muito além de uma história assustadora que virou ícone nas festas de Halloween, uma trama recheada de reflexões e análises sociais importantíssimas.

A edição da Penguin Companhia tem tradução de Christian Schwartz, uma introdução escrita pela própria autora e textos de apoio de Percy Bysshe e Ruy Castro.

 

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Imagem de capa | Reprodução Shutter Stock

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